Culinary Arts #3.07 - Noélia do coração
Memória. Amor. Prazer.
Viver a gastronomia regional reúne, nos dois participantes - factor e destinatário -, esta trilogia. Da memória de quem executa, à memória de quem saboreia, do amor que envolveu a passagem do conhecimento ao amor recebido na infância e que colado ficou à memória dos sabores, do prazer que se tem ao fazer, ao prazer que se sente ao degustar.
Comunhão perfeita. Do passado, retiramos a massa com que construimos o futuro.
No sotavento algarvio oficia, com tanto de discrição como de casa cheia, uma senhora cozinheira a quem os antigos titulariam "de mão cheia".
Chama-se Noélia, assim como o seu restaurante - Noélia Jerónimo. No final das tardes estivais de Cabanas de Tavira, na marginal junto à esplanada, é um corrupio de gente gulosa em demanda da apreciada janta. Sem marcação prévia, é um desafio enfrentar as horas de espera, Mas que recompensa espera os resistentes!
Iguarias atrás de iguarias, que a Noélia traz junto ao coração e das quais nos comunicou uma pequena amostra, no habitual convívio de quase habituês de Quarta-feira.
Pataniscas de polvo de chorar sentido:
Ceviche de atum que terá pecado apenas pelo excesso de doce trazido pelas frutas
Um aclamado arroz de corvina e limão, acidez e salinidade, maresia e as ricas texturas do arroz e do peixe:
E, porque o Chefe Nuno Diniz suspeitava que, após este festim para a gula, muitos estariam a chorar por mais, um cozido de borrego com grão que arruinou qualquer vontade de cumprir a tarde laboral (só a vontade, note-se).
Para terminar, um bolo de alfarroba com gelado de laranja que ocupou o último pedaço de reserva de espaço e me deixou com um after taste de Algarve para o resto do dia.
Eu sei que é utópico mas e se o Algarve fosse apenas isto - sabores, aromas, tranquilidade, paz interior, equilíbrio?
(Não, amor e prazer nem são a mesma coisa nem precisam estar ligados. O prazer não é pecado nem é culpa - é sobrevivência da espécie.)
Viver a gastronomia regional reúne, nos dois participantes - factor e destinatário -, esta trilogia. Da memória de quem executa, à memória de quem saboreia, do amor que envolveu a passagem do conhecimento ao amor recebido na infância e que colado ficou à memória dos sabores, do prazer que se tem ao fazer, ao prazer que se sente ao degustar.
Comunhão perfeita. Do passado, retiramos a massa com que construimos o futuro.
No sotavento algarvio oficia, com tanto de discrição como de casa cheia, uma senhora cozinheira a quem os antigos titulariam "de mão cheia".
(Eu acho que a mão congrega tudo o que nos é oferecido por uma refeição - muito.)
Chama-se Noélia, assim como o seu restaurante - Noélia Jerónimo. No final das tardes estivais de Cabanas de Tavira, na marginal junto à esplanada, é um corrupio de gente gulosa em demanda da apreciada janta. Sem marcação prévia, é um desafio enfrentar as horas de espera, Mas que recompensa espera os resistentes!
Iguarias atrás de iguarias, que a Noélia traz junto ao coração e das quais nos comunicou uma pequena amostra, no habitual convívio de quase habituês de Quarta-feira.
Pataniscas de polvo de chorar sentido:
Ceviche de atum que terá pecado apenas pelo excesso de doce trazido pelas frutas
Um aclamado arroz de corvina e limão, acidez e salinidade, maresia e as ricas texturas do arroz e do peixe:
E, porque o Chefe Nuno Diniz suspeitava que, após este festim para a gula, muitos estariam a chorar por mais, um cozido de borrego com grão que arruinou qualquer vontade de cumprir a tarde laboral (só a vontade, note-se).
Para terminar, um bolo de alfarroba com gelado de laranja que ocupou o último pedaço de reserva de espaço e me deixou com um after taste de Algarve para o resto do dia.
Eu sei que é utópico mas e se o Algarve fosse apenas isto - sabores, aromas, tranquilidade, paz interior, equilíbrio?
Comentários