Na cozinha dos chefes
Não pensem que esta actividade de escriba gastronómico é um mar de rosas - são as desilusões, os bloqueios criativos, as indecisões no melhor modo de abordar um tema, as dúvidas de última hora acerca de um ingrediente, uma preparação, um tempero, a solidão perante a falta de interlocutores...
E depois há momentos.
Momentos em que todo o universo parece suster a respiração e, num breve silêncio que tem o peso e a gravidade do infinito prazer, se atinge o êxtase da percepção da perfeição - como se ela fosse alcançável e dela nos aproximássemos intimamente.
Momentos em que se percebe que gastro e sexual são muito mais do que as duas metades de um título e que têm uma afinidade que é possível tornar real e passível de ser experimentada (porque a experiência gastronómica se torna tão sublime como a satisfação do desejo).
Momentos como o jantar desta noite, com uma enorme chapelada aos mestres Cyril Devilliers e Joaquim Sousa, alquimistas da minha pedra filosofal.
E depois há momentos.
Momentos em que todo o universo parece suster a respiração e, num breve silêncio que tem o peso e a gravidade do infinito prazer, se atinge o êxtase da percepção da perfeição - como se ela fosse alcançável e dela nos aproximássemos intimamente.
Momentos em que se percebe que gastro e sexual são muito mais do que as duas metades de um título e que têm uma afinidade que é possível tornar real e passível de ser experimentada (porque a experiência gastronómica se torna tão sublime como a satisfação do desejo).
Momentos como o jantar desta noite, com uma enorme chapelada aos mestres Cyril Devilliers e Joaquim Sousa, alquimistas da minha pedra filosofal.
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