Maçussa, 388 habitantes registados nos confins - para este lisboeta arreigado - do Ribatejo, concelho da Azambuja. "Idade Média", nos anos cinquenta do século passado, "sem estradas, sem electricidade, sem esgotos", onde muitos nasciam, viviam e morriam sem vislumbrar a cidade grande. Malhas de um império tecedor que nos parece de ficção, tal o alcatrão omnipresente e as mordomias de Europa abastada que passámos a considerar como naturais.
Da Maçussa sai, para nosso agrado (mais que agrado - um verdadeiro prazer!) um belíssimo
chèvre Granja dos Moinhos - um
chèvre de direito próprio, de produção artesanal seguindo os procedimentos franceses utilizados, por exemplo, no
Ste Maure de Touraine - gerado pela inspiração, condução e liderança de Adolfo Henriques.
Desde o nascimento da
Mercearia Criativa que tenho a oportunidade de manter um regular vis-a-vis (um chèvre merece mais que um face-a-face, não é?) com estes pedaços de descaminho. Há algum tempo tive a oportunidade de excursionar até à sua casa-mãe tendo até agora procrastinado, por razões que nem a minha conhece, a publicação do relato da mesma.
É um pecado.
Para o reparar, comecemos pelo queijo.
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Os cinchos - moldes... |
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... acabados de encher com o leite com 1 dia de "coalhamento" |
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Já na estufa, após 24 horas nos molde (os brancos) |
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... 24 horas depois, já cobertos de cinzas... |
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... e os vários estádios de desenvolvimento dos bolores (comestíveis!) |
Granja dos Moinhos / Adolfo Henriques
Rua dos Moinhos, 3, 2065-631 Maçussa
Tel. 919 474 476 ; granjadosmoinhos@sapo.pt
Em Lisboa, o chèvre e demais produção da Granja, podem ser encontrados, por exemplo, na Mercearia Criativa (ali no começo da Guerra Junqueiro a partir da Alameda, do lado direito de quem sobe).
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