Polvo - como cozinhar
Já ficaram com vontade de experimentar as habilidades voadoras dum polvo escolhido com amor, cozinhado com fervor e totalmente imprestável de tão borrachoso que ficou?
Eu já.
O polvo é daqueles amantes exigentes que não vai com qualquer cantiga, muito menos com cantigas experimentadas com êxito em outros sujeitos. Não que os seus gostos sejam difíceis. Difícil é descobrir pela primeira vez o caminho das pedras.
E caminhos há vários. Tenho por hábito, naqueles lugares onde o polvo me sobe soberbo ao palato, pedir o modo de preparação. Uns dão-no com satisfação, ufanos do cumprimento implícito e desejosos de compartilhar o prazer (sabendo, sábios, que não será essa revelação que afastará clientes ou trará concorrências). Outros parecem a tetravó da minha prima que insistiu até à morte em não revelar o segredo de um licor familiar - hoje em dia, nem do nome do licor alguém se lembra...
1º Caminho (o que eu uso; o truque foi-me dado pela dona do Tibério)
Cobrir o polvo com água fria e ferver. Retirar a água, e cobrir novamente com água fria. Deixar ferver. Repetir. O polvo está cozido.
Este é o método mais simples e o mais fácil de recordar. Dispensa a contagem de tempos e de temperaturas.
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