Harmonias (I) - Lulas recheadas
A que sabem as lulas recheadas quando casadas com um marido - ehr... um vinho - que as compreende, apoia e lhes realça as qualidades?
Lamento, mas não tenho resposta. Ou melhor, tenho o somatório das 25 respostas dadas pelos participantes de mais uma prova de harmonização organizada pela Alexandra Maciel no âmbito do seu projecto Harmonias ComProvadas - 50 provas de harmonização entre vinhos e pratos tradicionais portugueses e que teve lugar no restaurante O Funil.
Começando pelas lulas... Não são os meus cefalópodes favoritos (bom, está bem, as puntillitas / chopitos fazem-me água na boca e as irmãs um bocadinho mais velhas feitas à algarvia mantêm a sedução) mas bem feitas como foi o caso destas, proporcionam uma bela refeição..
[PAUSA para os menos familiarizados. As lulas são tradicionalmente recheadas com a carne picada dos seus tentáculos e abas, presunto igualmente picado,tudo amalgamado com gemas. Servidas em molho de tomate e acompanhadas com batata nova ou puré. Mais informações, história e receita usada na prova, tudo no livro a editar pela LEYA e que sumulará toda esta aventura.]
Quanto à prova. Dez vinhos agrupados em três painéis, por questões logísticas e para alguma sanidade dos provadores (digo-vos: três vinhos de cada vez, para um não-iniciado como eu, já começam a ser alternativas difíceis de gerir), bem como de modo a proporcionar algum equilíbrio entre comida e bebida.
Copos negros para provas cegas. (Semi-cegas; a temperatura é um indicador quase absoluto do tipo de vinho - tinto ou branco/verde/espumante. Verifiquei, algo prazenteiramente que a alegação, lida algures de que, sem visão, a maioria dos participantes em provas cegas não consegue distinguir entre brancos e tintos, ou é falsa ou só funciona com consumidores extensivos de colas e derivados).
Notas de 0 a 20 (de completamente a totalmente equilibrado) com a recomendação sublinhada de atribuição de nota à conjugação (ou casamento) e não à qualidade do vinho.
6 brancos, 1 verde, 2 tintos e 1 rosé, repetida e profundamente cheirados, prudentemente provados em conjunto com medidas garfadas de lula para uma apreciação sentida.
Pela minha parte, valorizei os vinhos almofada - aqueles que me pareceram ser apoio e complemento do prato, sem excessos de personalidade ou falta de nervo. Com isto em mente, acabei por brindar mais alto a união das lulas com o Quinta das Hortênsias Merlot 2008 e o Barranco Longo rosé 2010.
Não me senti, no entanto, tão longe assim da verdade do grupo, já que os dois primeiros classificados vinham logo a seguir na minha lista de preferências. Só ao Muros Antigos recomendaria a visita urgentemente a um conselheiro matrimonial... na minha modesta opinião de amigo do casal (Nota importante: sigo a advertência da organização e só bitaito relativamente à união; não às qualidades de cada nubente)...
E neste brinde alegre pelo trabalho feito, nos despedimos até ao próximo... Tchin-tchin!
Lamento, mas não tenho resposta. Ou melhor, tenho o somatório das 25 respostas dadas pelos participantes de mais uma prova de harmonização organizada pela Alexandra Maciel no âmbito do seu projecto Harmonias ComProvadas - 50 provas de harmonização entre vinhos e pratos tradicionais portugueses e que teve lugar no restaurante O Funil.
Começando pelas lulas... Não são os meus cefalópodes favoritos (bom, está bem, as puntillitas / chopitos fazem-me água na boca e as irmãs um bocadinho mais velhas feitas à algarvia mantêm a sedução) mas bem feitas como foi o caso destas, proporcionam uma bela refeição..
[PAUSA para os menos familiarizados. As lulas são tradicionalmente recheadas com a carne picada dos seus tentáculos e abas, presunto igualmente picado,tudo amalgamado com gemas. Servidas em molho de tomate e acompanhadas com batata nova ou puré. Mais informações, história e receita usada na prova, tudo no livro a editar pela LEYA e que sumulará toda esta aventura.]
Quanto à prova. Dez vinhos agrupados em três painéis, por questões logísticas e para alguma sanidade dos provadores (digo-vos: três vinhos de cada vez, para um não-iniciado como eu, já começam a ser alternativas difíceis de gerir), bem como de modo a proporcionar algum equilíbrio entre comida e bebida.
Copos negros para provas cegas. (Semi-cegas; a temperatura é um indicador quase absoluto do tipo de vinho - tinto ou branco/verde/espumante. Verifiquei, algo prazenteiramente que a alegação, lida algures de que, sem visão, a maioria dos participantes em provas cegas não consegue distinguir entre brancos e tintos, ou é falsa ou só funciona com consumidores extensivos de colas e derivados).
Notas de 0 a 20 (de completamente a totalmente equilibrado) com a recomendação sublinhada de atribuição de nota à conjugação (ou casamento) e não à qualidade do vinho.
Pela minha parte, valorizei os vinhos almofada - aqueles que me pareceram ser apoio e complemento do prato, sem excessos de personalidade ou falta de nervo. Com isto em mente, acabei por brindar mais alto a união das lulas com o Quinta das Hortênsias Merlot 2008 e o Barranco Longo rosé 2010.
O anúncio dos resultados fez-me duvidar da solidariedade dos meus companheiros - as minhas escolhas relegadas para uma ignota posição abaixo do terceiro lugar! Um tinto e um rosé... Talvez tenha sido eu a abusar do desalinhamento...
Alexandra Maciel no comunicado oficial: And the winner is... 1º - Vila Santa Reserva branco 2010 2º - Duas Quintas branco 2010 3º - Muros Antigos Loureiro 2010 |
Não me senti, no entanto, tão longe assim da verdade do grupo, já que os dois primeiros classificados vinham logo a seguir na minha lista de preferências. Só ao Muros Antigos recomendaria a visita urgentemente a um conselheiro matrimonial... na minha modesta opinião de amigo do casal (Nota importante: sigo a advertência da organização e só bitaito relativamente à união; não às qualidades de cada nubente)...
E neste brinde alegre pelo trabalho feito, nos despedimos até ao próximo... Tchin-tchin!
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