Umami go!


Durante muito tempo, veiculou-se a ideia que, no nosso sentido do paladar, existiam 4 sabores primários - doce, salgado, amargo, ácido -, até a comunidade científica ter aceite a teoria de um persistente cientista japonês, o professor Ikeda que defendia a existência de um quinto gosto - o umami.

(Fica para outro post o desenvolvimento desta história. Continuemos...)

Durante muito tempo, veiculou-se a ideia, em Portugal, que o antigo era imprestável e só a modernidade - dos alimentos, dos derivados e dos espaços de venda - era sinónimo de gosto.

Lá se foi mudando esse tempo e com ele as vontades e hoje - a crise também vai tendo uma palavra no assunto - a procura do tradicional, por um lado, e do alternativo à tediosa uniformidade das grandes superfícies e das grandes multinacionais, por outro, está em crescendo.

Queremos as nossas raízes de volta (sim, mesmo que fictícias) e estamos abertos a produtos artesanais, diferentes, criativos.

Queremos alma.

(Juntem-se então os dois rios...)

Recente no mercado de proximidade a UMAMI (ah!) pretende fazer a ponte entre pequenos produtores, com reduzida capacidade de distribuição e a mole crescente de consumidores desejosos de tomar contacto com esses produtos.

Com paixão pela comida e motivação pelo empreendedorismo decidimos criar a Umami, uma comunidade que existe para apoiar os pequenos produtores fazendo com que seja mais fácil conhecer e adquirir os seus produtos. Funcionamos como as feiras regionais, mas online, estamos abertos todo o ano e vendemos para todo o país.

Em prova recente - o cabaz de Janeiro - tive a oportunidade de provar algumas das propostas divulgadas.



Da marmelada branca de Odivelas, a partir da receita original das irmãs Bernardas do Mosteiro de S. Dinis (onde mais tarde se veio a instalar o Instituto de Odivelas), às bolachas (stroopwafels) da Syrup & Spice; dos rocher de chocolate - arroz tufado com chocolate que se derrete, estaladiço, no palato -  ao chá frutas de anjo, delicioso neste invernal céu azul que cristaliza em noites impossivelmente frias (nunca mais a Primavera!). Um gosto salgado para outras viagens, também - uma pasta de azeitona da Alta Selecção e uma compota de cebola que arrasou sobre carne assada fria. Tudo água na boca. Tudo a dispor-nos bem com o país. O que, nos tempos que correm, já é muito.

Ah...

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No último ano..