Vagueira e os Chefes à Pesca
Foi mais uma ocasião em que o litoral atlântico é pródigo: o homem sonha, Deus não quer e a obra refaz-se...
Chefs à Pesca é uma organização do Mário Cerdeira e da sua Gesticook, em conjunto com a APTECE, pretendendo, nas suas acções, promover o peixe do litoral português bem como o trabalho dos cozinheiros que melhor o transformam no âmbito da sua actividade profissional. A 3ª edição que teve lugar no passado fim-de-semana na praia da Vagueira, concelho de Vagos, buscava celebrar a arte da pesca artesanal, em especial a arte xávega, habitual também nesta região.
Seria uma ocasião memorável, uma festa dentro da festa que já é o Vagos Sensation Gourmet (evento gastronómico com direito a post próprio), com pescadores usando os trajes tradicionais, uma junta de bois preparada para rebocar as redes para terra e um conjunto de cozinheiros conhecidos de faca na mão e grelha sobre brasas à espera do peixito.
Infelizmente, uma nortada campeã a levantar o mar em ondas sérias levou os pescadores a declinarem o risco e a ficar em terra, deitando por terra a animação programa.
Lá está, às vezes Pessoa não tem razão: o homem sonhou, Deus não quis... mas a obra refez-se.
Abandonado o piquenique no areal, achou-se um local recolhido e foi giro voltar aos tempos de outrora, sem fornos ventilados nem chapas de indução, só boas mãos para as brasas, olho vivo para os tempos e faca afiada para cortar o pão.
Ah, e uma bela provisão de garrafas que o vento não fazia nada para aplacar a sede dos presentes e arte de bem conviver em português implica sardinha no pão e um copo cheio na outra mão.
Depois - depois das sardinhas na brasa, do belo carapau (em homenagem ao Luís Barradas dever-se-ia ter dito carrapau - se é para manter a tradição, em Setúbal somos todos pelo carrapau!) -
foi a vez do prato principal, uma bela grãozada de sames, orientada pelo Luís Barradas com a mão, que eu tivesse visto, do Paulo Matias.
e tutti quanti chefs que estivessem à mão e quisessem colaborar.
(Sabem o que são os sames - ou samos -, não sabem? A bexiga natatória do bacalhau, desprezada durante séculos, comida de pescadores porque não tinha valor comercial e que, no presente, agora que está no caminho para ser estragada pelo garimbo "gourmet", está quase nos quinze euros o quilo (valor, aliás, justificadíssimo pelo prazer obtido no seu consumo)? Já provaram? De que estão à espera?)
Óptimos momentos, para o ano há mais!
Chefs à Pesca é uma organização do Mário Cerdeira e da sua Gesticook, em conjunto com a APTECE, pretendendo, nas suas acções, promover o peixe do litoral português bem como o trabalho dos cozinheiros que melhor o transformam no âmbito da sua actividade profissional. A 3ª edição que teve lugar no passado fim-de-semana na praia da Vagueira, concelho de Vagos, buscava celebrar a arte da pesca artesanal, em especial a arte xávega, habitual também nesta região.
Seria uma ocasião memorável, uma festa dentro da festa que já é o Vagos Sensation Gourmet (evento gastronómico com direito a post próprio), com pescadores usando os trajes tradicionais, uma junta de bois preparada para rebocar as redes para terra e um conjunto de cozinheiros conhecidos de faca na mão e grelha sobre brasas à espera do peixito.
Infelizmente, uma nortada campeã a levantar o mar em ondas sérias levou os pescadores a declinarem o risco e a ficar em terra, deitando por terra a animação programa.
Também na Costa da Caparica se pratica a arte xávega (com tractor). As imagens possíveis de uma visita que chegou atrasada, em Novembro de 2012 |
Abandonado o piquenique no areal, achou-se um local recolhido e foi giro voltar aos tempos de outrora, sem fornos ventilados nem chapas de indução, só boas mãos para as brasas, olho vivo para os tempos e faca afiada para cortar o pão.
Ah, e uma bela provisão de garrafas que o vento não fazia nada para aplacar a sede dos presentes e arte de bem conviver em português implica sardinha no pão e um copo cheio na outra mão.
Depois - depois das sardinhas na brasa, do belo carapau (em homenagem ao Luís Barradas dever-se-ia ter dito carrapau - se é para manter a tradição, em Setúbal somos todos pelo carrapau!) -
Alguns dos chefes presentes no evento: Flávio Silva, Paulo Matias, Craig Grozier, Luis Barradas, Luís Gaspar, Samuel da Rosa, David Coelho, Joe Best (foto de Mário Cerdeira) |
foi a vez do prato principal, uma bela grãozada de sames, orientada pelo Luís Barradas com a mão, que eu tivesse visto, do Paulo Matias.
Luís Barradas |
Paulo Matias à direita e Joe Best ao fundo |
e tutti quanti chefs que estivessem à mão e quisessem colaborar.
(Foto: Mário Cerdeira) |
Óptimos momentos, para o ano há mais!
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